Petroleira a ser criada pela incorporação da Enauta pela 3R Petroleum quer explorar a Bacia da Foz do Amazonas
May 23 2024 - 3:15PM
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A petroleira a ser criada a partir da incorporação da Enauta
pela 3R Petroleum quer explorar a Bacia da Foz do Amazonas se a
estatal Petrobras encontrar petróleo lá, disse o futuro
presidente-executivo Décio Oddone à Reuters.
A Enauta (BOV:ENAT3) detém direitos sobre um bloco petrolífero
na Foz do Amazonas, considerada a área mais promissora na chamada
Margem Equatorial do Brasil devido às semelhanças geológicas com a
vizinha Guiana, onde a Exxon está desenvolvendo enormes campos.
A nova empresa vai esperar até que a Petrobras (BOV:PETR3)
(BOV:PETR4) obtenha autorização do órgão ambiental Ibama para
perfurar um poço em outro bloco também na Foz do Amazonas.
Se for produtivo, a nova empresa investirá lá para desenvolver o
seu próprio bloco, disse Oddone.
“Temos o bloco da Enauta lá há bastante tempo e aguardamos os
desdobramentos. Estamos na Foz e também no Pará-Maranhão. Vai ser
assim: se a Petrobras tiver autorização e achar algo lá, vamos a
reboque”, disse Oddone.
A Enauta já tinha realizado levantamentos sísmicos 3D, e o
processamento de dados foram concluídos.
A 3R Petroleum (BOV:RRRP3) informou na semana passada que seu
conselho de administração aprovou a incorporação da Enauta,
formando uma companhia de petróleo com “alto” potencial de
crescimento nos próximos anos.
Se concluída, a fusão criaria uma empresa potencialmente capaz
de produzir mais de 100 mil barris de petróleo equivalente por
dia.
Mesmo assim, Oddone disse que a nova empresa buscará parceiros
para explorar seu bloco na Foz do Amazonas, e a Petrobras poderia
ser considerada.
“A Petrobras é um carro-chefe, foi ela que sempre trouxe as
outras empresas para leilões… e todo mundo quer ser sócio da
Petrobras porque é quem detêm a maior quantidade de informações e
expertise”, disse o executivo.
“Nós, hipoteticamente, poderíamos até buscar a Petrobras”,
adicionou.
A Petrobras espera há cerca de um ano que o Ibama se pronuncie
sobre um recurso interposto depois que a agência lhe negou licença
para perfurar na Foz do Amazonas devido a preocupações com o
impacto que isso poderia ter no meio ambiente e nos povos
indígenas.
Na semana passada, a Petrobras disse que não faria estudos
solicitados pelo Ibama para dar andamento ao processo de
licenciamento, considerando o pedido descabido.
Esta semana, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira,
defendeu o direito do país de explorar a Foz do Amazonas e disse
que a futura CEO da Petrobras, Magda Chambriard, tem a mesma
opinião.
Enquanto espera, Oddone disse que a nova empresa irá primeiro
procurar sinergias e depois desenvolver os seus ativos atuais, mas
no futuro pretende expandir os seus portfólios onshore e
offshore.
Informações Infomoney
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