Petrobras: Morgan Stanley mantém previsão de distribuições adicionais de R$ 19 bilhões e reitera recomendação de compra
November 11 2024 - 2:41PM
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Em meio à intensificação do debate sobre a remuneração aos
acionistas da Petrobras nas últimas e nas próximas semanas, com a
possibilidade de dividendos extraordinários e o lançamento do plano
de negócios atualizado no dia 21, o Morgan Stanley mantém a
previsão de distribuições adicionais de US$ 3,5 bilhões (R$ 19,863
bilhões), baseadas na disponibilidade de excesso de caixa para os
próximos dois anos.
Segundo o banco, a expectativa de dividendos extraordinários é
sustentada pela disponibilidade de caixa excedente no balanço.
O Morgan projeta um saldo de caixa excedente entre US$ 6 a US$
10 bilhões entre o 4T24 e o 4T26 em seu cenário-base, impulsionado
pelo robusto fluxo de caixa operacional da empresa, após
investimentos anuais médios de US$ 15,4 bilhões em capex
(investimentos), pagamentos de leasing de cerca de US$ 8 bilhões e
um saldo de caixa de referência de US$ 8 bilhões.
Nesse contexto, analistas projetam distribuições adicionais de
US$3,5 bilhões no 4T24 e US$ 3,5 bilhões no 4T25, mantendo a
estatal em uma posição financeira forte e dentro de seus limites de
alavancagem (dívida total máxima de US$65 bilhões) e nível de
conforto (Dívida líquida/Ebitda de cerca de 1,0 vez).
Por outro lado, segundo o banco, os riscos para a redução de
dividendos extraordinários incluem cenários conservadores para os
preços do petróleo ao definir os fluxos de caixa futuros.
Embora os preços do petróleo sejam voláteis, têm se mantido na
faixa de US$ 70 a US$ 80 por barril. Diante disso, o Morgan projeta
os preços em US$ 73 o barril em 2025 e US$71/barril em 2026.
De acordo com o relatório, o excesso de caixa só seria eliminado
se os preços do petróleo caíssem para US$ 50 ou US$ 55 por barril
no ano que vem, com a Petrobras (BOV:PETR3) (BOV:PETR4) mantendo o
orçamento de investimentos de US$ 15,4 bilhões. Nesse cenário de
queda significativa nos preços do petróleo, o banco acredita que
poderia haver certa redução de capex e um orçamento mais racional,
especialmente em 2026.
Segundo a análise, um corte de US$ 1,5 bilhão anuais em capex
nos cenários abaixo de US$ 50 o barril tornaria o saldo de caixa da
estatal resiliente até o nível de preço de US$ 45 por barril.
Outro risco aos dividendos extraordinários está relacionado a
saídas de caixa não recorrentes, como aquisições ou liquidações de
contingências fiscais fora do balanço. Embora seja difícil prever
esses fatores, o Morgan avalia como baixa a probabilidade de
aquisições de grande porte no curto prazo.
Além disso, para analistas, os recentes acordos de contingências
fiscais mostraram-se positivos para a empresa, com desembolsos de
caixa limitados e descontos significativos nos valores devidos,
entre 65 a 80% das reclamações nominais.
O Morgan Stanley reiterou recomendação overweight (exposição
acima da média do mercado, equivalente à compra) e preço-alvo de
US$ 19 por ADR da Petrobras, uma vez que os fluxos de caixa da
estatal são muito resilientes, o que dá confiança ao banco em uma
distribuição potencial de US$ 7 bilhões em dividendos
extraordinários, divididos igualmente no 4T24 e 4T25. No
cenário-base, isso representa um dividend yield atraente de 21,2%
em 2024 e 16,0% em 2025.
Informações Infomoney
PETROBRAS PN (BOV:PETR4)
Historical Stock Chart
From Oct 2024 to Nov 2024
PETROBRAS PN (BOV:PETR4)
Historical Stock Chart
From Nov 2023 to Nov 2024