Hoje completa 1 ano de uma virada histórica para as finanças tradicionais e para o mercado de criptomoedas. A aprovação da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) em 10 de janeiro de 2024 abriu caminho para os primeiros ETFs de Bitcoin à vista, o que impulsionou uma onda de entusiasmo no setor cripto e aportes maciços por parte de investidores institucionais.

Em menos de doze meses, esses fundos já haviam atraído cerca de US$ 44 bilhões em novas entradas globais em produtos de investimento cripto, alterando radicalmente a forma como o Bitcoin (COIN:BTCUSD) é negociado e percebido.

A estreia desses ETFs ocorreu em um momento em que as taxas de juros nos EUA começaram a cair e as políticas governamentais se mostraram mais favoráveis ao setor cripto.

Por exemplo, instituições que antes hesitavam em lidar diretamente com a custódia de ativos digitais passaram a encontrar alternativa regulamentada, transparente e fácil de negociar. Não por acaso, a BlackRock (NYSE:BLK) teve resultados brilhantes, alcançando cerca de US$ 61 bilhões em ativos sob gestão (AUM) em seu iShares Bitcoin Trust (NASDAQ:IBIT) em menos de um ano, feito que, seu fundo de ouro, levou quase duas décadas para atingir.

O IBIT encerrou o ano entre os três principais ETFs em termos de fluxos acumulados, chegando a US$ 37,2 bilhões em entradas ao longo de 2024. Esse volume o colocou à frente de outros grandes fundos tradicionais, como os da Vanguard, Invesco e State Street.

O crescimento explosivo fomentou debates sobre a distribuição do fornecimento de Bitcoin, pois grandes entidades centralizadas, incluindo empresas listadas em bolsa, governos e agora ETFs, passaram a deter fatias cada vez mais significativas do ativo digital.

Dados de diversas fontes indicam que mais de 150 grandes organizações podem deter cerca de 14% de todo o suprimento de BTC, chamando a atenção para o risco de concentração em um mercado criado inicialmente com a proposta de descentralização.

Mesmo assim, há espaço para múltiplos provedores de ETF, e analistas apontam que dificilmente um único fundo dominará 100% dos recursos.

Ao mesmo tempo, outros governos também seguem investindo em Bitcoin. O caso de El Salvador é emblemático: ao comprar 1 BTC por dia e manter mais de 6.000 moedas, o país consolida a criptomoeda como moeda oficial, escancaradamente como parte de sua estratégia econômica.

Rumores de que novas nações, como os Emirados Árabes Unidos, possam ter feito grandes aquisições reforçam a tese de que o interesse institucional não se restringe aos EUA e que a corrida pelo domínio do BTC está apenas começando.

Falando sobre as expectativas para 2025, analistas do setor preveem que, embora as entradas líquidas em ETFs de Bitcoin à vista possam não repetir o número estrondoso do primeiro ano, ainda devem se manter altas. Também há especulação sobre a possível aprovação de ETFs de outras criptomoedas, Solana (COIN:SOLUSD) e XRP (COIN:XRPUSD), o que pode ampliar ainda mais o alcance dos ativos digitais nos mercados tradicionais.

Solana (COIN:SOLUSD)
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