USDBRL United States Dollar vs Brazilian Real

NOVA YORK, 30 de abril de 2009 - Enquanto Washington pressiona os bancos para que consertem suas finan�as, os bancos retrocedem. Encorajados por recentes lucros e ansiosos por afastar o controle federal, um n�mero cada vez maior de bancos resiste �s propostas do governo Obama para recuperar o sistema financeiro. Credores que evitavam o desastre h� apenas alguns meses com a ajuda dos d�lares dos contribuintes no momento se recusam a seguir as recomenda��es do governo. Apesar da press�o por parte dos �rg�os reguladores federais, os executivos do setor discordam dos principais elementos do plano banc�rio presidencial. Autoridades do governo caracterizam cada uma das tr�s partes de sua abordagem como crucial para alavancar os bancos e reativar a economia. Mas os banqueiros est�o cada vez mais ansiosos por se libertar do dom�nio do governo, e se preocupam que Washington imponha novas restri��es sobre seus neg�cios caso o j� significativamente grande papel do governo no setor aumente ainda mais. "O atraso foi muito grande," disse Frederick Cannon, diretor de estrat�gia de valores mobili�rios da Keefe, Bruyette & Woods, e especialista em a��es banc�rias. "Caso n�o abordemos esses problemas, isso poder� ter um efeito negativo no crescimento econ�mico, que por sua vez ir� piorar os problemas banc�rios." 100 dias Quando o presidente Obama celebra seus 100 dias no poder, a resist�ncia dos bancos complica o esfor�o do governo para solucionar alguns dos problemas mais graves causados pela crise financeira. A oposi��o, por sua vez, se arma em v�rias frentes. Citigroup, Bank of America e outros grandes bancos discutem os chamados testes de estresse, orquestrados por examinadores federais para determinar como essas institui��es ir�o enfrentar uma recess�o profunda e prolongada. Os bancos alegam que est�o em melhor forma do que sugeriram as descobertas recentes, embora provavelmente muitos deles precisem captar capital. Um plano do Tesouro para livrar os bancos de seus ativos problem�ticos - aparentemente um t�pico intrat�vel - recebeu uma resposta indiferente por parte dos c�rculos banc�rios. V�rios bancos importantes disseram n�o ter inten��o de participar do programa. Outro significativo esfor�o para revitalizar o cr�dito para tudo, de empr�stimos para carros a leasings de equipamentos, tamb�m come�ou em marcha lenta. Autoridades governamentais disseram na ter�a-feira que seus esfor�os estavam se desenvolvendo conforme o planejado. Informaram que mais de 100 gerentes de recursos privados se inscreveram no programa para adquirir ativos problem�ticos. Entretanto, as discuss�es sobre os testes de estresse, que foram administrados em 19 grandes bancos, e uma recep��o sem brilho para o terceiro esfor�o, o Term Asset-Backed Securities Loan Facility (Talf), tamb�m constituem uma preocupa��o. Os grandes bancos passam por uma bateria de testes para que se comprove se ir�o resistir � press�o a respeito das piores suposi��es sobre a economia nos pr�ximos dois anos. Gigantes como Citigroup, Bank of America, PNC Financial e Wells Fargo sugerem que alguns bancos poder�o precisar levantar capital, segundo pessoas ligadas �s an�lises. "Existe o temor entre os bancos de que o teste de estresse levou � incerteza, o oposto do que se desejava", disse Edward L. Yingling, diretor da American Bankers Association. De acordo com o que disseram pessoas ligadas � situa��o, as discuss�es se centralizam em v�rias suposi��es feitas pelos �rg�os reguladores ao administrarem os testes. Essas suposi��es incluem a severidade dos preju�zos com rela��o a ativos como hipotecas, e tamb�m quanto � capacidade dos bancos de gerar ganhos. (The New York Times)