USDBRL United States Dollar vs Brazilian Real

S�O PAULO, 7 de maio de 2009 - O mercado de c�mbio chegou a cair mais de 1% nesta quinta-feira, ao piso de R$ 2,09, influenciado pelo apetite por risco e os desmontes de posi��es no mercado futuro de d�lar. Por�m, a realiza��o de lucro nas bolsas de valores - que subiram de forma exagerada nos �ltimos dias - freou essa trajet�ria. A moeda norte-americana encerrou o preg�o em leve baixa de 0,14%, vendida a R$ 2,109. Para o economista-chefe da corretora Souza Barros, Clodoir Viera, a volta do fluxo positivo de d�lares, decorrente da melhora do ambiente externo e da menor avers�o ao risco, mant�m a tend�ncia natural de queda do d�lar. "A economia est� melhorando com a possibilidade de novos investimentos. No entanto, a divisa deve encontrar resist�ncia para cair abaixo de R$ 2,10, j� que o Banco Central deve continuar atuando para dar suporte as cota��es", avalia. O especialista chama aten��o para o excesso de otimismo e adverte que o conservadorismo deve prevalecer, j� que a crise ainda n�o acabou. "As not�cias econ�micas ainda dever�o estar entremeadas por sinais negativos, o que pode pegar os pequenos investidores no contrap�", observa. Nessa semana, o mercado financeiro como um todo foi surpreendido por um leil�o de swap cambial reverso do BC - esp�cie de compra de moeda no mercado futuro. A opera��o, em que a autoridade monet�ria paga aos bancos � varia��o da Selic e recebe a varia��o do d�lar, vem sendo tema de discuss�es. O diretor de pol�tica econ�mica do BC, M�rio Mesquita, afirmou que a decis�o da autarquia n�o teve por objetivo influenciar a taxa de c�mbio. Mesquita reafirmou que o papel do BC � prover liquidez ao mercado e dar condi��es para a economia enfrentar a atual crise internacional. O economista lembra que apesar da queda da Selic, a taxa segue elevada - em 10,25% ao ano - o que estimula as aplica��es tanto em renda fixa como na renda vari�vel. A ata do Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) divulgada nesta manh� mostrou que o BC v� sinais de melhora da economia brasileira, mas ainda h� espa�o para mais um corte dos juros b�sicos do pa�s. Mundo afora, a crise vem dando mostras de que o pior pode ter ficado para tr�s. Nos EUA, indicadores mostraram menor procura por seguro desemprego na varia��o semanal e maior produtividade do trabalhador no primeiro trimestre. Apesar do disso, o clima de cautela prevaleceu, em meio �s expectativas com a avalia��o da sa�de dos bancos. Logo mais, o governo anuncia o resultado dos 19 testes de estresse. Os players tamb�m analisaram as palavras do presidente do Federal Reserve (Fed), Ben Bernanke, que voltou a defender maior supervis�o sobre o setor banc�rio. Internamente, o Tesouro Nacional anunciou nova capta��o de recursos no mercado internacional com b�nus denominados em d�lares com vencimento para janeiro de 2019. No mercado, especula-se que o montante desejado � de US$ 500 milh�es. "Esse � um bom teste para aferir-se a percep��o externa sobre o Pa�s", destaca a corretora NGO em relat�rio. (Simone e Silva Bernardino - InvestNews)