O dólar subiu pelo segundo dia consecutivo e voltou aos níveis de R$ 1,90, reagindo as incertezas internacionais acerca da real recuperação da economia dos Estados Unidos. A moeda estrangeira encerrou em alta de 1,28%, vendida a R$ 1,905.

Hoje, os mercados repercutiram mais um indicador negativo sobre a economia norte-americana, que tem o seu PIB dependente em 70% do consumo interno. As encomendas de bens duráveis à indústria recuaram 2,5% em junho, após subir 1,3% em maio. Ontem, o índice de confiança do consumidor apurado pelo Conference Board caiu de 49,3 pontos em junho para 46,6 pontos em julho.

Para o diretor executivo da corretora NGO, Sidnei Moura Nehme, estes números afetam diretamente as perspectivas sobre a recuperação do consumo interno e demonstram que a economia pode não estar em fase tão recuperatória quanto vem sendo propagada pelas autoridades governamentais.

Mas segundo o Livro Bege, compilação de dados sobre as condições da economia norte-americana, a recessão parece menos severa neste início de verão no Hemisfério Norte, mostrando estabilização da atividade em nível nacional, embora ainda muito débil.

Internamente, aproveitando o bom momento da economia, o Tesouro Nacional concedeu mandato para que sejam emitidos nos mercados norte-americano e europeu bônus da República com vencimento em 2037. A emissão é de US$ 500 milhões.

(Simone e Silva Bernardino - Agência IN)

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