O mercado de câmbio acelerou o ritmo de queda nesta quarta-feira após leilão de compra do Banco Central (BC) e terminou em baixa de 1,12%, vendido a R$ 1,773. A autoridade monetária fixou taxa de corte de R$ 1,7669. Em setembro, a moeda norte-americana acumulou 6,09% de perdas sobre o real. No ano, a baixa chega a 24,1%.

A tendência de queda assinalada desde as primeiras horas do dia foi alimentada pelas perspectivas de ingressos futuros, cenário externo benigno, e, especificamente, pela tradicional disputa pela formação da Ptax (média oficial do dólar). Isto porque, a taxa de hoje liquidará amanhã os contratos de dólar futuro.

De acordo com o economista do Banco Schahin, Silvio Campos Neto, o comportamento da moeda norte-americana frente a seus principais rivais ajudou a direcionar os negócios. Segundo ele, em alguns momentos do dia, a piora de humor dos mercados internacionais, em meio à divulgação de indicadores norte-americanos indicando que a melhora da economia dos EUA não é consistente e que ainda há recaídas, pesou sobre os negócios.

O nível da atividade manufatureira de Chicago ficou em 46,1 pontos neste mês, bem abaixo dos 52 pontos estimado pelos analistas. Além disso, dados da consultoria ADP Employment mostrou que o setor privado dos EUA fechou 254 mil postos de trabalho neste mês quando comparado com o período anterior. Por outro lado, o Produto Interno Bruto (PIB) recuou menos do que o previsto no segundo trimestre. O resultado final mostrou que a economia se contraiu 0,7% entre abril e junho deste ano, enquanto que as projeções apontavam para -1,2%.

No entanto, a perspectiva de que os ingressos de dólares no mercado local via canal financeiro devem continuar pelos próximos meses fez prevalecer o tom positivo. No mês, o saldo líquido dos investidores estrangeiros na Bovespa está positivo em R$ 3,065 bilhões até o dia 25.

Aproveitando o bom momento e o risco-Brasil em baixa, o Tesouro Nacional anunciou emissão de bônus nos EUA e Europa. Segundo analistas, a emissão de títulos da dívida do governo brasileiro com vencimento em 2041 pode somar US$ 1,25 bilhão. Esta é a primeira operação externa do governo após a Moody's ter elevado a nota de crédito do País a grau de investimento.

(Simone e Silva Bernardino - Agência IN)

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