A divulgação de indicadores norte-americanos contrariando os sinais de recuperação da economia, os temores quanto ao ritmo de retomada global e os movimentos de realização de lucro nas bolsas trouxeram pressão aos mercados mundo afora.

Após cair por quatro sessões e renovar a mínima do ano, o dólar comercial voltou a subir e fechou vendido a R$ 1,788, com valorização de 0,85%. As principais bolsas de valores amargaram perdas, enquanto que a taxa de risco-Brasil dispara mais de 6%, beirando 250 pontos.

A agenda econômica dos EUA outra vez dividiu os investidores. Enquanto dados do setor imobiliário e de renda registraram desempenho positivo, os números referentes à atividade industrial e ao mercado de trabalho do país voltaram a decepcionar.

De acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), os sinais positivos vindos da Ásia reforçam as perspectivas de que a recessão mundial está no fim. Em relação aos EUA, o Fundo espera contração ainda pior da economia neste ano, de 2,7%, mas prevê expansão de 1,5% para 2010. No caso do Brasil, o organismo internacional estima crescimento de 0,7% em 2009 e de 3,5% no próximo.

Segundo o FMI, o Brasil deve ser o primeiro país da América Latina a se recuperar. É esta perspectiva que têm estimulado o ingresso de capital externo no País, levando a Bovespa a nível recorde e o câmbio a patamares antes da crise. Tanto que no último trimestre, o dólar acumulou perdas de 10% frente ao real, enquanto a Bovespa se destacou em investimento, com valorização de 19,5% nos últimos três meses.

Além do fluxo financeiro, o canal comercial também têm irrigado o mercado de dólares. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, a balança comercial encerrou setembro positiva em US$ 1,33 bilhão. No ano, o saldo chega a US$ 21,275 bilhões.

(Simone e Silva Bernardino - Agência IN)

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