USDBRL United States Dollar vs Brazilian Real

As evidências de que a recuperação econômica norte-americana não é tão clara quanto se pensava semanas atrás trouxeram algum desconforto aos mercados. O dólar chegou a subir quase 1% na máxima do dia. No entanto, a perspectiva de que o Brasil será um dos primeiros a se recuperar na América Latina mantém o País como rota de investimento dos estrangeiros. Com isso, a Bovespa se mantém no maior preço dos últimos 14 meses.

Após oscilar entre mínima de R$ 1,772 e máxima de R$ 1,805, o dólar comercial encerrou em queda de 0,62%, vendido a R$ 1,777. Segundo analistas, o cenário reflete a alta das importações e queda das exportações, além do fluxo financeiro em busca da alta rentabilidade paga em reais

Além disso, lembra um operador, há anúncios de quase US$ 14 bilhões em ofertas de ações, dos quais os estrangeiros costumam ter grande participação (pelo menos 50%). O País também vive a retomada das captações externas, com operações da Votorantim, Vale, CSN, Bradesco, Banco Cruzeiro do Sul e Embraer.

Em meio à tanto o fluxo, o Banco Central prossegue com os leilões de compra diário. Para a Pionner Corretora, a autoridade monetária deve continuar com as intervenções, até de forma mais agressiva, mas as compras apenas devem reduzir a velocidade de queda do dólar. Hoje, a autoridade monetária fixou taxa de corte de R$ 1,7841.

As referências sobre a economia norte-americana também ocupou papel de destaque na agenda, com a divulgação do Relatório de Emprego. Em setembro, a economia norte-americana fechou 263 mil vagas de emprego, o que elevou a taxa de desemprego a 9,8%.

(Simone e Silva Bernardino - Agência IN)