USDBRL United States Dollar vs Brazilian Real

As apostas em uma recuperação mais vigorosa da economia - após um início positivo na temporada de balanços em Wall Street - e o contínuo ingresso de recursos reforçam a tendência de queda do dólar. Desse modo, a moeda norte-americana terminou o dia em baixa de 0,97%, vendida a R$ 1,738, renovando o mínimo do ano.

Trouxe ânimo ao mercado os resultados da Alcoa e da Pepsico, que registraram lucros trimestrais de US$ 0,99 e US$ 0,04 por ação, respectivamente. A agenda econômica também ajudou a reforçar o clima ameno. A economia dos EUA reportou queda de 33 mil solicitações por auxílio-desemprego na semana passada.

Não tão animador, os estoques no atacado recuaram 1,3% em agosto, ante o mês anterior, com volume total de US$ 381,2 bilhões. Em sentido oposto, as vendas, exceto manufaturas, avançaram 1% no oitavo mês deste ano.

A manutenção das taxas de juros na Europa e Inglaterra, postergando a esperada reversão dos estímulos concedidos para o combate à crise global também contribuiu com a tendência de queda do dólar. Analistas acreditam que a moeda deve terminar ano na marca de R$ 1,70 ou um pouco abaixo disso, dado o momento de elevada confiança dos investidores no País e o crescimento do fluxo de capitais.

Internamente, roubou a cena o IPCA, neste momento em que se especula o "timing" do Copom para dar início ao ciclo de aperto monetário da taxa Selic. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo acelerou 0,24% em setembro, acréscimo de 0,09% ante medição de agosto, elavando o acumulado no ano para 3,21%.

(Simone e Silva Bernardino - Agência IN)