Após delação premiada, Copel cria comissão de investigação
August 16 2020 - 6:02PM
Newspaper
A estatal paranaense de
energia Copel (BOV:CPLE6) disse nesta
sexta-feira que criou uma comissão de investigação ainda no ano
passado, depois de ter sido notificada pelo Supremo
Tribunal Federal (STF) sobre uma
colaboração premiada que teria citado fatos referentes à venda de
um ativo de geração para a empresa entre 2011 e 2013.
“A colaboração premiada foi homologada em 1 de agosto de 2019
pela Corte máxima do país. O processo, no qual a Copel é vítima,
corre sob sigilo no STF”, disse a companhia em comunicado à
Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
A manifestação da empresa veio após o site O Antagonista ter
publicado nesta sexta-feira que o deputado federal Ricardo Barros
(PP-PR) foi delatado por executivos da Galvão Engenharia que o
teriam acusado de receber mais de 5 milhões de reais em propina
para destravar uma negociação com a Copel.
A Copel destacou no comunicado que sua atual diretoria
não conta com nenhum membro do período investigado e disse que
informou “órgãos de controle externo e autoridades competentes”
sobre o ocorrido.
A companhia também disse que aprovou ainda em setembro de 2019
“constituição de comissão de investigação, a qual ainda está em
andamento, com membro externo independente”.
A Copel afirmou ainda que nos documentos recebidos do STF foi
informada sobre valores a receber, referentes a “multa extrapenal
depositada em juízo por pessoa que realizou colaboração premiada
junto ao Ministério Público Federal”.
O valor seria de 614,65 mil reais, mas a Copel disse que não
recebeu tais recursos e tampouco teve acesso aos autos do
processo.
Não foi possível contatar de imediato representantes do deputado
Ricardo Barros (PP-PR) e nem da Galvão Engenharia.
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