A Companhia Siderúrgica Nacional
(BOV:CSNA3) decidiu apresentar os balanços não
auditados referentes ao primeiro, segundo e terceiro trimestres de
2017, além do balanço auditado de 2016.
A companhia diz que reapresentou também voluntariamente as
demonstrações financeiras referentes ao exercício social de
2015.
Em fato relevante, a empresa explica que “a conclusão dos
trabalhos impactou os saldos de abertura das demonstrações
financeiras de 2017, razão pela qual a Companhia não divulgou suas
informações trimestrais de 2017 nos prazos regulamentares”, e tomou
a decisão, por diligência e transparência, de divulgar os
resultados preliminares não auditados.
1º trimestre
O primeiro trimestre de 2017 aponta lucro líquido de R$ 117,615
milhões, ante prejuízo de R$ 776,697 milhões no mesmo período de
2016. A receita líquida alcançou R$ 4,411 bilhões, 10,35% acima do
primeiro trimestre de 2016. O Ebitda (lucro antes de juros,
impostos, depreciação e amortização) no critério ajustado foi de R$
1,333 bilhão, 82% maior que o de igual período do ano anterior, com
margem de 28,7%, 11,4 pontos porcentuais superior.
O resultado financeiro foi negativo em R$ 497 milhões, cerca de
44% inferior ao montante de R$ 884,599 milhões também negativo de
janeiro a março de 2016.
2º trimestre
No segundo trimestre deste ano, a CSN registrou prejuízo de R$
639,956 milhões, versus lucro líquido de R$ 46,123 milhões no mesmo
período do ano passado. O Ebitda ajustado ficou em R$ 896 milhões,
5% maior, com margem ajustada de 19,6%, ante 19,4% no segundo
trimestre de 2016.
A receita líquida foi a R$ 4,311 bilhões, 4% acima do mesmo
intervalo do ano anterior.
O resultado financeiro líquido negativo cresceu 336%, para R$
828,6 milhões, ante cifra negativa de R$ 189,840 milhões no segundo
trimestre de 2016.
3º trimestre
O terceiro trimestre apresenta lucro, de R$ 256,184 milhões,
revertendo prejuízo de R$ 66,751 milhões no mesmo período de 2016.
O Ebitda ajustado somou R$ 1,213 bilhão, queda de 2% sobre o
segundo trimestre de 2016, com margem Ebitda ajustada de 24%, ante
26,2% do mesmo intervalo do ano anterior.
A receita líquida chegou a R$ 4,810 bilhões, o que a
administração julga ser o “melhor resultado trimestral desde 2014.”
Ante o terceiro trimestre de 2016 foi um crescimento de 8%.
Já o resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 277,797
milhões, 62,7% menor que o de R$ 744,345 milhões do mesmo período
do ano anterior.
Dívida líquida
A dívida líquida da CSN no fim de setembro era de R$ 25,717
bilhões, estável em relação ao mesmo intervalo do ano anterior,
conforme o balanço não auditado divulgado. A siderúrgica publicou
os balanços assinados pela Delloite referentes ao ano passado e
divulgou os de 2017 ainda não auditados. A dívida em comparação com
o segundo trimestre do ano caiu 4%.
A alavancagem a CSN, medida pela razão entre dívida líquida e
Ebitda, foi a 5,5 vezes no intervalo de julho a setembro deste ano,
ante 7,4 vezes no terceiro trimestre do ano passado e de 5,7 vezes
no trimestre imediatamente anterior.
O caixa da CSN era de R$ 5,6 bilhões no fim de setembro, recuo
de 23% na relação anual e queda de 4% no comparativo
trimestral.
Investimentos
Os investimentos da CSN no terceiro trimestre chegaram em R$ 293
milhões, recuo de 23% em relação ao mesmo período de 2016. Ante o
segundo trimestre do ano, a queda é de 18%.
Vendas de aço
As vendas de aço da CSN no terceiro trimestre do ano somaram
1,301 milhão de toneladas, aumento de 11% em relação ao observado
no mesmo período do ano anterior e também de 11% ante o segundo
trimestre deste ano, conforme balanço do período não auditado.
O mercado interno respondeu por 62% das vendas, as subsidiárias
no exterior por 33% e exportações corresponderam à fatia de 5%.
“No terceiro trimestre a CSN manteve o alto nível de
participação de produtos revestidos no volume de vendas totais,
seguindo a estratégia de incremento de valor agregado do seu mix de
produtos”, segundo o documento divulgado.
A receita líquida média por tonelada no intervalo entre julho e
setembro totalizou R$ 2,519 mil, estável em relação ao trimestre
anterior.
Produção
A produção de placas pela CSN somou 1,069 milhão de toneladas no
terceiro trimestre do ano, aumento de 25% em relação ao mesmo
período do ano passado, porém queda de 4% ante o segundo trimestre
deste ano. A produção de laminados planos somou 903 mil toneladas,
aumento de 8% ante o visto um ano antes e recuo de 4% na relação
trimestral. A produção de laminados longos, por sua vez, foi de 90
mil toneladas, retração de 44% ante o mesmo intervalo de 2016 e
queda de 10% ante o segundo trimestre.
Fonte: Agência Estado.
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