Itaú BBA revisa as suas preferências para o setor de mineração e siderurgia
September 09 2024 - 10:16AM
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O Itaú BBA revisou as suas preferências entre CSN e a sua
controlada, rebaixando a recomendação de CMIN3 para underperform
(desempenho abaixo da média do mercado, equivalente à venda) e
elevando CSNA3 para marketperform (desempenho em linha com a média
do mercado, equivalente à neutra). O preço-alvo para 2025 é de R$
12 para CSN (alta de 3,4% frente o fechamento de sexta) e de R$
5,70 para CSN Mineração (BOV:CMIN3) (queda de 7,8%).
O banco aponta que, desde que rebaixou CSNA3 em abril, as ações
caíram cerca de 23%, 29 pontos percentuais (pp) abaixo do Ibovespa,
enquanto CMIN3 subiu cerca de 18%.
“Agora, acreditamos que é hora de mudar de direção (…). Estamos
reduzindo nossa previsão de preço do minério de ferro para 2025
para US$ 95/tonelada (t) (de US$ 100/t anteriormente), seguindo um
cenário macroeconômico mais desafiador na China, que prejudica
tanto a CSNA3 quanto a CMIN3“, avaliam os analistas.
Dito isso, números mais fortes nos setores de aço e cimento
apoiarão um desempenho relativamente melhor para a CSN, apontam. A
avaliação da CSN (BOV:CSNA3) agora parece justa, afirma ainda a
equipe de análise, mas a CMIN parece cara a 8,5 vezes o múltiplo de
EV/Ebitda (valor de mercado de uma empresa e da sua dívida
líquida/lucro antes de juros, impostos, depreciações e
amortizações) para 2025.
O banco vê CMIN3 com uma estrutura de capital sólida, mas nota
geração negativa de fluxo de caixa livre devido aos investimentos
em capex (investimentos em capital) para o projeto P15.
Sobre o minério, ao reduzir a estimativa do preço para o segundo
semestre de 2024 e 2025, o BBA ressalta que a produção de aço na
China está caindo cerca de 3% até agora, de acordo com a CISA. Além
do ainda fraco setor imobiliário, a atividade de manufatura e
infraestrutura tem sido um tanto decepcionante. O corte nas
projeções também ocorre devido a dinâmicas desafiadoras de oferta e
demanda, com o aumento da capacidade e uma demanda global
relativamente estável.
Enquanto isso, o pior parece estar para trás para o setor de aço
brasileiro, avalia. A demanda fraca e a feroz concorrência das
importações de aço resultaram em um ambiente operacional desafiador
para os fabricantes de aço brasileiros no primeiro semestre de
2024, traduzindo-se em margens baixas a médias de um dígito.
O banco acredita que a combinação de custos mais baixos e preços
ligeiramente mais altos se traduzirá em maior rentabilidade no
futuro. “Sobre o primeiro, notamos que a queda nos preços das
matérias-primas (ou seja, minério de ferro, carvão e chapas de
terceiros) fluirá pelas demonstrações financeiras dos produtores,
impulsionando as iniciativas internas de redução de custos. O
principal risco para as margens parece ser o ainda alto prêmio de
paridade de importação de [aço do tipo] HRC (agora em cerca de
32%)”, avalia a equipe de análise. No geral, vê o Ebitda de aço da
CSN melhorando em cerca de 50% ano a ano em 2025, para cerca de R$
2,7 bilhões.
Gerdau segue como compra pelo BBI
Enquanto isso, o Bradesco BBI manteve recomendação outperform
(desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra) e
atualizou o preço-alvo de R$ 23 para 2024 a R$ 25 para 2025, um
upside de 38%.
A análise do BBI destaca que, apesar do pessimismo crescente em
relação ao setor de matérias-primas da América Latina, a Gerdau
apresenta fundamentos sólidos no Brasil, com demanda e preços em
alta.
A avaliação da Gerdau (BOV:GGBR3) (BOV:GGBR4) é
considerada atrativa mesmo em cenários pessimistas, e a empresa
deve se beneficiar de iniciativas internas para sustentar seus
ganhos.
O banco ainda tem uma expectativa de rendimento de dividendos
(dividend yield, dividendo em relação ao preço da ação) de 7-8%
para 2024-25.
Informações Infomoney
GERDAU PN (BOV:GGBR4)
Historical Stock Chart
From Nov 2024 to Dec 2024
GERDAU PN (BOV:GGBR4)
Historical Stock Chart
From Dec 2023 to Dec 2024