S�O PAULO, 25 de maio de 2009 - A mudan�a de performance do �ndice acion�rio da BM&FBovespa, que passou de franco decl�nio no segundo semestre de 2008 para volatilidade com vi�s positivo neste ano, alterou o volume de opera��es dos investidores no mercado de op��es de a��es. O primeiro movimento, registrado durante a crise, foi uma corrida para as op��es de venda - que, como o nome j� diz, garantem ao investidor poder vender um papel por pre�o previamente combinado, ainda que no mercado � vista a cota��o tenha despencado. "Em 20 anos de mercado, n�o vi nada parecido em rela��o � 'put'. Essa crise serviu para come�ar a popularizar esse segmento, incluindo opera��o de pessoas f�sicas", diz Eduardo Collor, grafista da Ativa Corretora. 'Put' � como os operadores chamam as op��es de venda (que podem ser adquiridas ou repassadas), e 'call' s�o os movimentos relativos �s op��es de compra. A primeira representa cerca de 5% do mercado brasileiro de op��es de a��es, o que resulta em falta de liquidez. A venda � usada em momentos de baixa de mercado, para garantir uma prote��o ao investimento, e por isso mais procurada por tesouraria de institui��es financeira e gestores de carteira. Se um investidor comprou uma a��o a R$ 30,00, por exemplo, e quer garantir a venda a este pre�o, pode exerc�-la mesmo que, com um movimento de baixa, o papel esteja sendo negociado a R$ 25,00 no mercado � vista. O volume de op��es exercidas � um bom retrato dessa mudan�a de estrat�gia do investidor. Em maio de 2008, quando o mercado ainda estava no azul, o exerc�cio de venda somou R$ 17,59 milh�es. Com a indica��o de virada no mercado iniciada no m�s seguinte, o montante saltou para R$ 342 milh�es, galgando at� os R$ 837,33 milh�es exercidos em setembro. A s�rie de junho a dezembro, a maior desde 2000 (per�odo disponibilizado pela bolsa) superou o volume de exerc�cios de venda entre 2005 e 2007. "O volume aumenta quando os mercados est�o em queda, j� que funciona como um seguro", explica Collor. Com a revers�o de tend�ncia do mercado acion�rio, o volume de op��o de compra exercido no �ltimo vencimento, em 18 de maio, foi o maior desde maio de 2008. � resultado da realiza��o de contratos considerando que o papel "garantido" tinha pre�o mais baixo que o valor � vista. "A bolsa fez a m�xima hist�rica em abril e desde ent�o estava em desvaloriza��o, e o melhor exerc�cio do per�odo foi agora", ressalta Jos� G�es, economista da WinTrade. O crescimento n�o foi s� no exerc�cio, mas tamb�m no volume di�rio negociado neste mercado. "Essas opera��es derivam de um ativo objeto, e por isso acompanham seu desempenho. Se Vale e Petrobras retomam volume de negocia��o � vista, consequentemente o volume de op��es dessas a��es tamb�m fica elevado", explica Collor. Isso porque o volume e a liquidez do mercado de op��es de a��es praticamente se restringe aos pap�is das duas companhias. Usiminas, Telemar e Bradesco acabam tendo menor oportunidade de ganho porque h� liquidez - e o investidor acaba tendo que exercer a op��o, enquanto em Vale e Petro consegue fazer rolagem. Segundo Clodoir Vieira, economista-chefe da corretora Souza Barros, a retomada de liquidez tamb�m se deve � volatilidade - j� que no final do ano passado o movimento era de decl�nio constante. "O per�odo tamb�m gerou oportunidades, mas o risco � muito maior. Hoje h� uma preocupa��o se a bolsa j� est� em sua tend�ncia de alta, por isso h� investidores preferindo se posicionar no mercado � vista", pondera. "Hoje o mercado de op��es est� com liquidez maior que no in�cio da crise, j� que muitos investidores estavam saindo do mercado para n�o perder o limite ou ver a op��o virar p� no vencimento", refor�a G�es. O volume di�rio de negocia��o de op��es de compra em junho passado era de R$ 149,67 milh�es, segundo a BM&F Bovespa. Neste m�s de maio, a m�dia di�ria est� em R$ 253,59 milh�es. A recupera��o, como ressaltam os analistas, segue o mercado � vista. No �ltimo preg�o de 2008, o Ibovespa fechou em 37.550 pontos. Na sexta-feira, encerrou a 50.568 pontos. J� o volume total de op��es de �ndice, mais equilibrado entre compra e venda, � calculado pela bolsa a cada dois meses. De fevereiro para abril, mais que triplicou: de R$ 530,9 milh�es para R$ 1,63 bilh�o. A maior parte tamb�m � creditada �s op��es de compra - respons�veis por R$ 1,16 bilh�o do total, contra R$ 303,6 milh�es no per�odo anterior. No auge da crise, em 15 de outubro de 2008, ningu�m exerceu op��o de compra. (Maria Lu�za Filgueiras - Gazeta Mercantil)
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