Alvaro Bandeira: Economia e Mercado
February 04 2014 - 1:00PM
Brazil - Repórter ADVFN
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Por Alvaro Bandeira, da Órama
Investimentos.
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Os países emergentes seguem pressionados nesse início de ano em
decorrência da redução de estímulos monetários pelos EUA e maior
exposição ao câmbio. Com o Brasil não é diferente, um dos cinco
mais sensíveis. Não bastasse isso, ainda coletamos dados ruins na
conjuntura econômica como saldo comercial deficitário, deterioração
de contas públicas, baixo crescimento da produção industrial e
inflação alta; além de crescimento pífio. Tudo isso impede melhor
desenvolvimento dos ativos de risco por aqui, sendo imprescindível
um choque de credibilidade.
Tenho afirmado que o Brasil só melhora se for rebocado por
outros mercados desenvolvidos. Tal não acontecesse nesse momento,
com praticamente todas as principais bolsas sem tendência ou com
viés de queda. Na Bovespa perdemos recentemente o suporte nas
proximidades de 47000 pontos, e sem prejuízo de movimentos de
pullback a tendência aponta inicialmente para quedas até o limiar
de 45500 pontos. A perda do patamar de 4000 pontos do Nasdaq e de
15700 no Dow Jones acaba sendo outro fator inibidor.
A aversão ao risco aos emergentes no mercado internacional
acelera perdas no segmento local. Afinal, somos dentre os
emergentes um dos de melhor liquidez, sofrendo muito nos momentos
em que há rápido ajuste de exposição ao risco. Assim, vamos seguir
com grande volatilidade, até que os desequilíbrios nos mercados
externos de câmbio e juros acomodem. Dessa forma, seguimos
sugerindo prudência na assunção de riscos de curto prazo. Para
prazos mais longos de retorno, começam a surgir boas oportunidades
de constituição de posições em empresas com bom conteúdo
fundamentalista.
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