Com alta de 38% em 2016, a primeira após três anos de queda, Ibovespa chega perto do nível de 2012
December 29 2016 - 12:56PM
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Depois de oscilar entre a mínima de 37.046 pontos em janeiro e
a máxima de 65.291 pontos em novembro, ou seja, 28.245
pontos, ou 76% em 11 meses, o Índice Bovespa (BOV:IBOV) deve
encerrar o ano com uma alta perto dos 38%, aos 59.700 pontos. Além
das fortes emoções, este será o primeiro ano positivo desde
2012, quando o índice fechou com o ganho modesto de 7,4%.
Apesar do ganho expressivo, o índice, que patina abaixo dos 60
mil pontos nesta semana, não conseguiu sequer voltar aos níveis de
2012, quando fechou em 60.952 pontos, recuperando este ano apenas
parte das perdas dos últimos três anos. Em 2013, o índice caiu
15,4%, em 2014, 2,9% e em 2015, 13,3%. Assim, o Ibovespa ainda
fechará 2016 2% abaixo do nível de 2012.
Mas, se comparado aos 73.516 pontos de maio de 2008, máxima
histórica do índice, o Ibovespa acumula queda de 18,8%. Mas aí já é
sonhar demais.
Volume estável em reais e 42% menor em
dólar
Os volumes negociados também pouco evoluíram, passando da média
de R$ 7,250 bilhões em 2012 para R$ 7,426 este ano, o melhor da
história, mas um pouco acima (1,3%) dos os R$ 7,332 bilhões de
2015. Em dólar, porém, o volume diário da Bovespa caiu de US$ 3,726
bilhões por dia em 2012 para US$ 2,155 bilhões este ano, uma
redução de 42,16%, o que reflete a forte alta da moeda americana no
período, mas também que os volumes não acompanharam essa
desvalorização do real ou a recuperação dos preços das ações este
ano.
Apenas um IPO no ano
Isso explica também o pouco interesse das empresas em lançar
papéis no mercado, com duas ofertas apenas este ano, uma primária,
da empresa de diagnósticos Alliar Medicina Diagnóstica, de R$ 766
milhões, e uma secundária (de ações já existentes) da Companhia de
Saneamento do Paraná (Sanepar), que vendeu cerca de R$ 2 bilhões em
ações e passou para o Nível 2 de governança.
Pessoa física mais presente
A melhora da bolsa este ano pelo menos serviu para atrair de
volta as pessoas físicas para o mercado. A participação desses
investidores individuais cresceu para uma média de 17% do volume
negociado no mercado de ações, para 13,7% em 2015 e 2014. O
percentual é próximo do de 2012, de 17,9% do volume e reflete em
parte o aumento da figura dos operadores individuais, pessoas
físicas que tentam ganhar a vida na bolsa com operações de
curtíssimo prazo ou day trade.
Estrangeiros passaram de 40% para 50% do
mercado
Quem ganhou espaço no mercado brasileiro foram os estrangeiros,
que com dólar mais forte e real mais fraco e com a retração dos
investidores locais, aumentaram sua fatia no volume de 40,4% em
2012 para 52,3% este ano. No ano passado, eles já tinham ficado com
52,8% dos negócios, ou seja, mais da metade de cada venda ou compra
de ação no mercado brasileiro foi de estrangeiros.
Fundos de pensão se retraem
Os fundos de pensão e outros clientes institucionais, por sua
vez, abatidos pelos rombos descobertos em operações irregulares ou
pela queda das ações, reduziram seu apetite pela bolsa e fecham o
ano de 2016 com uma participação de 24,9%, para 27,2% no ano
passado. Em 2012, respondiam por 32% dos negócios e ajudavam a
equilibrar a balança do mercado com os estrangeiros. A perspectiva
é que esses investidores, assim como as pessoas físicas, aumentem
suas participações em 2017 e em outros anos, garantindo uma
recuperação para o Índice Bovespa. Isso se a economia realmente
entrar nos eixos.
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