O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, participou, nesta
terça-feira (30/01), da abertura do Deep Dive Petrobras, encontro
realizado em Nova lorque para aproximar a companhia dos
investidores internacionais e aumentar a transparência junto ao
mercado. O executivo destacou que a Petrobras, após anos se
concentrando apenas no presente, agora está olhando para o futuro,
buscando se fortalecer e se posicionar de forma equilibrada no
processo de transição energética pelo qual o mundo está
passando.
Somos uma empresa de petróleo em transição. Estamos
transformando a Petrobras de forma gradual, investindo em novas
energias, sem abrir mão, de uma hora para outra, da produção de
petróleo. Independente dos segmentos nos quais atuaremos, é
importante ressaltar que investiremos em ativos rentáveis e em
áreas que possuem sinergias com as atividades que a companhia já
desenvolve, aproveitando todo o conhecimento técnico que a
Petrobras já tem. Não daremos nenhum salto no escuro, estamos
preparando a Petrobras (BOV:PETR3) (BOV:PETR4) para o futuro de
forma responsável – apontou Prates, para uma plateia de cerca de 50
analistas e investidores, sobretudo de grandes fundos de
investimento do exterior.
Durante o evento, os investidores tiveram oportunidade de se
aprofundar nos principais assuntos relativos à companhia, sobretudo
obter um detalhamento do Plano Estratégico 2024-2028+ da Petrobras.
A companhia irá investir US$ 102 bilhões nos próximos cinco anos. É
o maior plano de investimento de uma empresa brasileira.
O diretor de Exploração e Produção da companhia, Joelson Falcão
Mendes, também se apresentou no evento. O executivo reiterou que a
demanda mundial por petróleo deve continuar alta nas próximas
décadas e que projeções da Agência Internacional de Energia indicam
que o Brasil pode ser responsável uma parte significativa deste
suprimento, cerca de por 5% do volume mundial de petróleo no
futuro.
O segmento de E&P da Petrobras tem boas perspectivas nos
próximos anos. A curva de produção total da Petrobras alcançará 3,2
milhões de barris equivalentes de óleo e gás por dia em 2028. Com a
transição energética, o mercado deve priorizar petróleos com menor
pegada de carbono. A Petrobras possui um diferencial competitivo,
pois seus petróleos estão entre os mais descarbonizados do mundo
pontuou Joelson.
Novas tecnologias, como o uso de materiais anticorrosivos,
plantas industriais 3D e digital twins estão trazendo mais
eficiência e permitirão ainda mais geração de valor para a
Petrobras. O executivo ainda destacou a importância dos
investimentos em exploração, que somarão US$ 7,5 bilhões até 2028.
Nesse contexto, há os investimentos novas fronteiras exploratórias,
como a Margem Equatorial, que deve receber US$ 3,1 bilhões em
exploração até 2028.
O executivo lembrou que a companhia foi anunciada como vendedora
do principal prêmio da indústria global offshore. Um reconhecimento
pelas tecnologias desenvolvidas para renovação da Bacia de Campos,
berço da produção brasileira em águas profundas. Essas tecnologias,
por exemplo, proporcionaram a redução de 55% nas emissões de gases
de efeito estufa no campo de Marlim.
A expressiva carteira de projetos da companhia foi apresentada
pelo diretor de Engenharia, Tecnologia e Inovação, Carlos
Travassos. No horizonte do Plano Estratégico 2024-2028+, a
companhia irá perfurar mais de 350 poços marítimos de
desenvolvimento da produção, lançar mais de 8.000 km de dutos e
colocar em operação 14 FPSOs, 10 dos quais já estão contratados.
Travassos pontou que a cadeia de suprimentos da indústria de óleo e
gás tem enfrentado desafios nos últimos anos e que a Petrobras está
preparada para esse cenário.
A Petrobras, de forma proativa, tem adotado uma série de
medidas, buscando parcerias com o mercado fornecedor, eficiência e
inovações tecnológicas, no sentido de mitigar impactos de eventuais
problemas com a cadeia. A companhia também está fazendo um
intensivo monitoramento de riscos para garantir a previsibilidades
do seus investimentos – disse Travassos.
O executivo também apresentou aos investidores iniciativas de
pesquisa e desenvolvimento da Petrobras. Até 2028, a companhia
investirá US$ 3,6 bi no segmento, com o objetivo de que a inovação
tecnológica, que faz parte do DNA da Petrobras, siga impulsionando
a construção do futuro da companhia. Travassos também pontuou que o
Centro de Pesquisa Desenvolvimento e Inovação da Petrobras
(Cenpes), maior da América Latina, tem trabalhado de forma cada vez
mais integrada com as áreas de negócio da Petrobras.
A atuação da companhia de forma integrada também foi abordada no
evento. O Brasil é 0 8º maior consumidor de derivados de petróleo
do mundo e a participação nos segmentos de refino, transporte e
comercialização, por exemplo, apresenta potencial para monetizar
reservas de hidrocarbonetos da Petrobras. A companhia está atenta
aos novos padrões de consumo e enxerga uma oportunidade de negócio
em produtos de baixo carbono, já tendo inciativas nesse sentido no
mercado, como a Gasolina Podium carbono neutro, os Asfaltos CAP Pro
e o Diesel R5, com 5% de conteúdo renovável.
A Petrobras está buscando um posicionamento forte tanto para o
atendimento das demandas de energia fóssil quanto oferecendo
produtos para o mercado de baixo carbono – destacou Claudio
Schlosser, diretor de Logística, Comercialização e Mercados da
Petrobras.
Pela disponibilidade de matéria-prima local, o Brasil tem uma
vocação natural para o biorefino. Nesse sentido, a Petrobras está
investindo na produção de Diesel R5 na refinarias Repar, RPBC,
Reduc e Replan. Também irá construir plantas exclusivamente para a
produção (dedicadas) de bioquerosene de aviação e de diesel 100%
renovável na RPBC e no Gaslub, que serão concluídas após 2028.
A companhia implementou, nos últimos anos, o programa RefTOP,
que tem como objetivo que o seu parque de refino esteja entre os
melhores do mundo em eficiência operacional e energética até 2030.
O programa vem apresentando resultados expressivos, com US$
589 milhões em ganhos de 2021 a 2023.
Além dos investimentos em biorefino, a Petrobras também irá
ampliar sua capacidade de suas refinarias, com foco em eficiência
energética e performance operacional. A companhia pretende concluir
o Trem 2 da RNEST, o Gaslub, implantar novas unidades de produção
de diesel (HDT) na Replan, RNEST e Gaslub e realizar revamps nas
unidades existentes de Revap e Regap.
Investiremos nos ativos existentes para aumentar a capacidade de
refino, com maior conversão e qualidade dos produtos.
Vamos aumentar a oferta de diesel S-10 em 40% e adequar a
qualidade dos lubrificantes para o grupo 2 – concluiu o gerente
executivo de Tecnologia de Refino da Petrobras, Rodrigo
Abramof.
Informações Agência CMA
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