A Marcopolo reportou lucro líquido de R$ 250,9 milhões no
segundo trimestre de 2024, um aumento de 78,6% comparado ao mesmo
período do ano anterior. A empresa atribui esse resultado às
melhorias na eficiência operacional e ao aumento na capacidade
produtiva.
A receita líquida da Marcopolo totalizou R$ 1,9 bilhão no
trimestre, um aumento de 43,4% em relação ao ano anterior, com
contribuições significativas do mercado interno, que somou R$ 1,2
bilhão, e das operações internacionais, que adicionaram R$ 495,9
milhões.
O Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e
amortização, na sigla em inglês) ajustado da Marcopolo foi de R$
382,3 milhões no 2T24, um crescimento de 142% em relação ao 2T23. A
margem EBITDA ajustada alcançou 19,5%, representando um aumento de
8 pontos percentuais. Segundo a empresa, esse avanço é resultado da
maior alavancagem operacional decorrente do aumento nos volumes
produzidos e vendidos, além de um controle mais eficaz dos custos
operacionais.
A empresa registrou um lucro bruto de R$ 509,9 milhões, com uma
margem bruta de 26,1%. A Marcopolo explica que a melhoria na margem
bruta, de 5,8 pontos percentuais, foi alcançada por meio da
otimização das linhas de produção e da redução de desperdícios, que
contribuíram para maximizar os retornos sobre as vendas.
O lucro bruto consolidado do 2T24 atingiu R$ 509,9 milhões, com
margem de 26,1%, contra R$ 276,2 milhões com margem de 20,2% no
2T23. O incremento do lucro bruto e da margem bruta reflete a maior
alavancagem operacional a partir do crescimento substancial de
volumes e receita no trimestre, bem como o melhor desempenho das
operações internacionais da Companhia.
As despesas com vendas totalizaram R$ 73,6 milhões no 2T24, ou
3,8% da receita líquida, contra R$ 69,3 milhões no 2T23, 5,1% sobre
a receita líquida.
As despesas gerais e administrativas totalizaram R$ 87,8 milhões
no 2T24, ou 4,5% da receita líquida, enquanto no 2T23 essas
despesas somaram R$ 70,8 milhões, ou 5,2% da receita líquida.
O resultado final só não foi melhor por um pior desempenho
financeiro. O resultado financeiro líquido da Marcopolo no 2T24 foi
negativo em R$ 23,9 milhões, contrastando com um resultado positivo
de R$ 57,0 milhões registrado no 2T23. Esta variação negativa é
atribuída principalmente à desvalorização do Real frente ao Dólar,
que impactou negativamente a carteira de pedidos em dólares da
empresa.
A empresa registrou um lucro bruto de R$ 509,9 milhões, com uma
margem bruta de 26,1%. A Marcopolo explica que a melhoria na margem
bruta, de 5,8 pontos percentuais, foi alcançada por meio da
otimização das linhas de produção e da redução de desperdícios, que
contribuíram para maximizar os retornos sobre as vendas.
O resultado financeiro líquido do 2T24 foi negativo em R$ 23,9
milhões, ante um resultado positivo de R$ 57,0 milhões registrados
no 2T23.
O resultado financeiro foi afetado negativamente em R$ 26,1
milhões pela variação cambial associada à desvalorização do Real
frente ao Dólar norte americano sobre a carteira de pedidos em
dólares. A Companhia realiza o hedge do câmbio das exportações no
momento da confirmação dos pedidos de venda, assegurando a margem
dos negócios. À medida que os produtos são entregues e faturados, a
Companhia captura os efeitos da valorização ou desvalorização do
Real em suas margens operacionais ou no resultado financeiro, como
foi o caso nesse 2T24.
A participação de mercado da Marcopolo na produção brasileira de
carrocerias foi de 48,4% no 2T24 contra 44,5% no 2T23. A perda de
um dia e meio de produção no mês de maio, associada às enchentes
ocorridas no Rio Grande do Sul, afetou a produção do trimestre.
A Marcopolo investiu em seu imobilizado R$ 93,1 milhões, dos
quais R$ 46,1 milhões foram despendidos pela controladora e
aplicados da seguinte forma: R$ 27,3 milhões em máquinas e
equipamentos, R$ 4,7 milhões em veículos (ônibus elétricos em
demonstração), R$ 6,2 milhões em imóveis e benfeitorias, R$ 6,5
milhões em softwares e equipamentos de computação e R$ 1,4 milhão
em outras imobilizações.
Nas controladas foram investidos R$ 47,0 milhões sendo R$ 38,9
milhões na Volare Veículos (São Mateus), R$ 2,0 milhões na Apolo
(Plásticos), R$ 1,9 milhões na Marcopolo México, R$ 1,3 milhão na
Marcopolo Argentina, e R$ 2,9 milhões nas demais unidades.
A Marcopolo ressalta a importância dos investimentos em inovação
e capacidade produtiva como fundamentais para o crescimento
sustentável. A empresa está otimista com as perspectivas para o
segundo semestre de 2024, com a expectativa de que as estratégias
implementadas continuem a fortalecer sua posição no mercado.
O endividamento financeiro líquido totalizava R$ 1.310,3 milhões
em 30.06.2024 (R$ 1.083,7 milhões em 31.03.2024). Desse total, R$
844,7 milhões eram provenientes do segmento financeiro (Banco
Moneo) e R$ 465,6 milhões do segmento industrial.
Cabe ressaltar que o endividamento do segmento financeiro provém
da consolidação das atividades do Banco Moneo e deve ser analisado
separadamente, uma vez que possui características distintas daquele
proveniente das atividades industriais da Companhia. O passivo
financeiro do Banco Moneo tem como contrapartida a conta de
“Clientes” no Ativo do Banco. O risco de crédito está devidamente
provisionado. Por se tratar de repasses do FINAME, cada desembolso
oriundo do BNDES tem exata contrapartida na conta de recebíveis de
clientes do Banco Moneo, tanto em prazo como em taxa.
Os resultados da Marcopolo (BOV:POMO3)
e (BOV:POMO4)
referentes às suas operações do segundo trimestre de 2024 foram
divulgados no dia 02/08/2024.
VISÃO DO MERCADO
As ações da Marcopolo (POMO4) dispararam quase 10% mais cedo
nesta sexta-feira, após a fabricante de carrocerias de ônibus
divulgar na noite da véspera um salto de 142% no resultado
operacional medido pelo Ebitda no segundo trimestre, para R$ 382,3
milhões, com a margem passando de 11,6% para 19,5%.
O balanço da companhia com sede em Caxias do Sul (RS) também
mostrou expansão de 43,4% na receita operacional líquida em relação
ao mesmo período do ano passado, para R$ 1,957 bilhão, enquanto a
produção total somou 3.998 unidades, alta de 32,8% ano a ano.
O lucro líquido no período de abril a junho aumentou 78,6%,
para R$250,9 milhões.
“A convergência de um cenário normalizado de mercado juntamente
com o amadurecimento das ações adotadas pela companhia nos últimos
anos, permite projetar bons resultados também para o segundo
semestre de 2024”, afirmou a administração da Marcopolo no material
de divulgação dos dados.
Na visão dos analistas da XP liderados por Lucas Laghi, os
números de rentabilidade ilustram a solidez do atual ambiente de
demanda, do qual a Marcopolo deve continuar se beneficiando.
“Esperamos que o momentum positivo continue nos próximos
trimestres”, afirmaram em relatório a clientes.
Por volta de 11h45, os papéis tinham elevação de 3,92%, a R$
6,36, após alcançarem 6,72 reais (+9,8%).
Analistas do Itaú BBA liderados por Daniel Gasparete destacaram
em relatório a clientes que, na conferência sobre o resultado
realizada pela empresa na manhã desta sexta-feira, os comentários
da administração indicaram que há medidas em andamento que podem
aumentar ainda mais a rentabilidade.
* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney,
Estadão
MARCOPOLO ON (BOV:POMO3)
Historical Stock Chart
From Dec 2024 to Jan 2025
MARCOPOLO ON (BOV:POMO3)
Historical Stock Chart
From Jan 2024 to Jan 2025