A PetroReconcavo é a primeira empresa brasileira do setor de
óleo e gás a divulgar, nesta terça-feira (5), seu resultado do
quarto trimestre, que deve ser mais um período positivo para o
setor, mas mais fraco na base sequencial e com diferenças
operacionais pesando nas companhias. A 3R Petroleum torna seus
números públicos no dia 6 e a PRIO (PRIO3) no dia 13.
O preço do petróleo durante o período que vai de outubro a
dezembro do ano passado continuou em patamares elevados, apesar de
ter caído frente ao mês de setembro, quando a tensão no Oriente
Médio impulsionou o valor para cima. Levando em conta a média dos
fechamentos de todos os dias do quarto trimestre, o barril Brent
teve preço de US$ 82,85.
“Para o quarto trimestre deste ano, esperamos, em geral,
resultados positivos para as ‘Juniors’, companhias produtoras de
petróleo e gás especializadas na recuperação de campos maduros, com
um cenário ainda favorável para o setor, mas sutilezas para cada
empresa”, comenta o time do Itaú BBA, encabeçado por Monique Greco
Natal. “Tivemos um ambiente ainda favorável para as produtoras
independentes de petróleo, com um preço médio do petróleo de US$ 83
por barril (4% abaixo do trimestre anterior)”.
Com isso em vista, as diferenças entre os resultados das
juniores ficarão, para os analistas, mais para o lado operacional –
sendo que a PRIO (BOV:PRIO3) deve ser o destaque positivo, apesar
de sentir também o impacto do recuo do Brent. O BBA, por exemplo,
expõe que a PRIO deve ter um “resultado limpo com números sólidos”,
apesar de enxergar também uma queda das vendas pela companhia.
“Deveremos ver números suaves para a PRIO em uma base
trimestral, principalmente devido a offtakes [contratos de compra
mínima garantida] mais fracos, com queda de 13% e apesar da
produção estável. Vemos a receita líquida caindo 20%, também
impulsionada pelos preços mais baixos do Brent”, diz a equipe da
XP, liderada por André Vidal.
Os analistas do Bradesco BBI vão no mesmo sentido, falando do
recuo dos offtakes ao comentar a PRIO. Eles, no entanto, são mais
pessimistas ao falarem dos resultados do quarto trimestre,
definindo-os como possivelmente “medíocres”. “As quedas sequenciais
relacionadas aos preços do petróleo, bem como a paralisação para
manutenção de ativos, devem afetar os resultados da PetroRecôncavo,
bem como os menores offtakes para a PRIO”, explicam.
Sobre PetroRecôncavo (BOV:RECV3), a XP explica que a interrupção
temporária da produção de petróleo e gás natural associado à parada
operacional no ativo industrial de Guamaré levou a produção a
diminuir em 9% trimestralmente.
Já a 3R (BOV:RRRP3), de acordo com a corretora, deve trazer um
resultado melhor no seu segmento de exploração, com volume de
produção e vendas de petróleo compensando o recuo do Brent. No
entanto, no refino, a empresa deve sofrer pelo impacto das paradas
de manutenção, com a refinaria Clara Camarão, por exemplo, tendo
ficado parada durante todo o quarto trimestre.
Com esses fatores, todas as três principais juniors devem ter a
maioria dos números caindo na base trimestral.
Para a PetroRecôncavo, o consenso da LSEG para a receita líquida
é de R$ 727,5 milhões, queda de 2,7%, para o Ebitda (lucro antes de
juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês), de
R$ 326,6 milhões, recuo de 13,4%, e para o lucro líquido, de R$
183,9 milhões. O lucro líquido, no entanto, deve saltar 26%, para
R$ 183,9 milhões, com ajuda dos menores gastos financeiros.
Na mesma ordem, para a 3R, as projeções são de R$ 1,6 bilhão,
menos 28,1%, R$ 691,9 milhões, menos 16,4%, e R$ 254,9 milhões,
revertendo prejuízo do terceiro trimestre,
Para a PRIO, a receita deve cair 24%, para R$ 3,04 bilhões, o
Ebitda 28,3%, para R$ 2,2 bilhões, e o lucro, 27,1%, para R$ 1,18
bilhão.
Informações Infomoney
PETRORIO ON (BOV:PRIO3)
Historical Stock Chart
From Sep 2024 to Oct 2024
PETRORIO ON (BOV:PRIO3)
Historical Stock Chart
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