Taurus (TASA4): lucro líquido de R$ 35,4 milhões no 1T23, queda de 81,8%
May 15 2023 - 7:47PM
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A Taurus lucrou R$ 35,4 milhões de forma líquida no primeiro
trimestre de 2023, número 81,8% menor do que os R$ 195 milhões do
mesmo período do ano passado.
Em parte, o recuo acompanha a queda da receita líquida, que foi
de 33% na mesma comparação, saindo de R$ 676,6 milhões para R$
453,2 milhões. No mercado interno, a Taurus viu seu faturamento
recuar 61,7%, de R$ 192,9 para R$ 73,9 milhões, e no externo,
21,6%, de R$ 483,7 para R$ 379,3 milhões.
Em suas duas unidades industriais, no Brasil e nos Estados
Unidos, a companhia produziu o total de 331 mil armas, volume 42,4%
inferior ao verificado no mesmo trimestre de 2022 e em linha com o
volume registrado no quarto trimestre.
O volume de vendas da Taurus no primeiro trimestre de 2023 foi
de 352 mil unidades de armas, queda de 31,9% em relação a igual
período do ano anterior.
“Isso se deu principalmente em razão das vendas no mercado
doméstico, que foram impactadas pela indefinição com relação à
regulamentação sobre armas”, justifica a companhia no documento
publicado na noite desta segunda-feira (15). “Para o nosso
segmento, além da situação econômica geral, soma-se a expectativa
com relação à regulamentação relativa ao setor. Ainda que o Decreto
11.366/23, publicado no primeiro dia do atual governo, tenha
mantido a autorização para aquisição de armas de uso restrito, o
consumidor se retraiu completamente na espera de definições mais
concretas”, fala Salesio Nuhs, diretor executivo (CEO) da
Taurus.
O Decreto 11.366/23 suspendeu os registros para a aquisição e
transferência de armas e munições de uso restrito para caçadores e
colecionadores, além de ter restringido os quantitativos de
aquisição e suspendido a conceção de novos registros de clubes e
escolas de tiro.
A companhia também viu seu lucro bruto, e sua margem nesta
frente, recuarem, respectivamente, 47,3% e 10,5 pontos percentuais,
para R$ 176,4 milhões e 38,9%.
“O custo dos produtos vendidos no trimestre apresentou redução
de 19,1%, percentual inferior ao recuo da receita no mesmo período,
em razão da pressão inflacionária, do dissídio de 12% sobre os
salários da equipe da fábrica no Brasil e da menor diluição de
custos fixos, que não dependem do volume de produção”, justifica a
Taurus. “Também houve uma mudança no mix de vendas do trimestre que
influenciou o desempenho”.
Entre janeiro e março, as despesas operacionais aumentaram 19,3%
na comparação anual, chegando a R$ 120,3 milhões, com peso da
equivalência patrimonial e perdas com não recuperabilidade de
ativos.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e
amortização na sigla em inglês), ou lucro operacional, caiu, com
tudo isso, 73,5%, saindo de R$ 241,7 milhões para R$ 64,1
milhões.
Por fim, a Taurus também viu seu resultado financeiro sair de um
saldo positivo de R$ 43,5 milhões para um negativo em R$ 100
mil.
“As variações cambiais, tanto ativas (receitas) como passivas
(despesas), representam o principal componente do resultado
financeiro da Taurus. A desvalorização da moeda nacional se reflete
na forma de variação cambial ativa (receita) sobre a carteira de
clientes e sobre o caixa em dólares da subsidiária norte-americana
e, na forma de variação cambial passiva (despesa), sobre as
obrigações financeiras relativas à dívida bancária”, comenta.
A Taurus fechou março com um endividamento líquido de R$ 94,2
milhões, ante R$ 159,5 milhões no mesmo mês de 2022.
Os resultados da Taurus (BOV:TASA4) referentes
suas operações do primeiro trimestre de 2023 foram divulgados
no dia 15/05/2023.
* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney,
Estadão, Reuters e TC
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