A Vitru Brasil, líder no mercado de graduação EAD no Brasil, divulgou os resultados financeiros e operacionais referentes ao segundo trimestre de 2024 (2T24).

O lucro líquido ajustado no 2T24 foi de R$ 104,3 milhões, 19,2% menor em relação ao 2T23 refletindo principalmente o aumento das despesas financeiras, além de um impacto negativo do IR diferido em torno de R$ 13,3 milhões no 2T24 em comparação a um impacto positivo de R$ 25,4 milhões no 2T23.

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No 2T24, o Ebitda Ajustado totalizou R$ 253 milhões, um aumento de 22,1% em relação aos R$ 207,1 milhões registrados no 2T23. A margem de Ebitda Ajustada foi de 43,9%, representando um incremento de 4,2 p.p. em comparação aos 39,7% do 2T23.

A Receita Líquida consolidada do 2T24 foi de R$ 576,7 milhões, um aumento de 10,6% em relação ao 2T23.

O conselho de administração da companhia aprovou também nesta terça-feira, a criação de um programa de recompra de ações ordinárias.

O número máximo de ações a serem adquiridas será de até 13.417.243, representativas de 10% das 134.172.428 ações em circulação.

O programa terá duração de até 18 meses, ou seja, até 26 de fevereiro de 2026.

A Vitru (BOV:VTRU3) fez seu IPO em 2020, na bolsa americana Nasdaq, e em 2024 realizou a migração de suas ações para a B3, em um movimento inédito no mercado de capitais brasileiro.

VISÃO DO MERCADO

A ação da Vitru Educação, que recentemente estreou na bolsa brasileira após um movimento inédito de deslistagem no exterior, sobe após reportar um aumento de 11% na receita líquida no segundo trimestre na base anual, um pouco acima das projeções do Itaú BBA, impulsionado por um crescimento de 12% na captação e um aumento de 2% no ticket (preço) médio no primeiro semestre de 2024. Este foi o primeiro resultado trimestral desde a migração de sua listagem para a B3 (anteriormente na Nasdaq).

Às 11h45 (horário de Brasília), depois de saltar mais de 8% na abertura, o papel da companhia de educação avançava 3,16%, cotado a R$ 10,44.

Em relação à rentabilidade, segundo BBA, o destaque foi a melhoria de 5,2 pontos porcentuais (pp) em um ano nas despesas com provisão para créditos de liquidação duvidosa (PCLD), o que levou a um resultado operacional ajustado (Ebitda) que ficou 10% acima das expectativas.

Por outro lado, um imposto de renda mais alto levou a uma baixa de 20% no lucro líquido ajustado na base anual. O banco também mantém recomendação de compra para companhia, com preço-alvo de R$ 20 ao fim de 2024.

Em resposta à desvalorização de quase 25% de suas ações desde a estreia na B3 em junho, a Genial destaca o anúncio recompra de até 13,4 milhões de ações da Vitru, equivalente a 10% das ações em circulação. As ações serão adquiridas a preços de mercado e mantidas em tesouraria para posterior cancelamento ou alienação. A empresa destacou que a recompra tem como objetivo maximizar o retorno dos acionistas.

A Vitru Educação registrou um lucro de R$ 62,2 milhões no 2T24, uma queda de 33% em comparação ao ano anterior, “impactada principalmente por uma linha de IR/CSLL negativa em R$ 13 milhões contra ganho fiscal de R$ 25 milhões no 2T23”, explica a Genial.

Apesar disso, conforme a Genial, as receitas aumentaram 11%, alcançando R$ 577 milhões, impulsionadas pelo crescimento de alunos no segmento de graduação à distância. O Ebitda ajustado atingiu R$ 253 milhões, uma alta de 22% na base anual. Para o BTG Pactual, os resultados vieram acima das suas expectativas reduzidas, graças a melhorias consideráveis nas suas provisões.

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